sexta-feira, fevereiro 16, 2018

A cidade maquilha-se sob o luscofusto, para receber as sombras, onde somente os candeeiros mantem uma frágil faisca, sempre atentos à beleza das raparigas que passam, soltando aromas que revelam o seu sangue quente, da gare maritima mesmo ali ao lado, a transportar corpos para outro mundo cosmopolita, enquanto o murmurinho da cidade se decipa e as ruas que ladeiam o Tejo recriam-se no negro da noite ao som de jazz melancólico, até que o frio da madrugada revele o conforto de um abraço à luz do luar, diante de silenciosas imagens que o amor encerra.
 
16 Fevereiro 2016