domingo, setembro 13, 2009


Esta ausência foi forçada pela viagem que realizei ao ter caído pela cascata das minhas emoções. Ainda no ar senti o medo do avesso e ao ter constatado que sobrevivi, logo após o meu corpo ter vindo à tona, demorei algum tempo a recuperar o meu sentido de orientação. Estamos tão habituados a ver-nos por fora, que não conseguimos nos reconhecer por dentro com a mesma facilidade! Fui andado por um canal numa ausência total de sinalização até que deparai-me com uma projecção que fazia lembrar um holograma e entendi imediatamente estar numa sala de arquivo memorial. As imagens passavam a uma velocidade estonteante, mas mesmo assim consegui reconhecer muitas delas... a determinada altura, dei comigo a ter acesso a perceber os momentos em que as minhas opções na soma dos dias que tenho conquistado, não foram as melhores. Agora entendo como tinha sido fácil, mudar o ruma desta história, que tem o meu nome. Em simultaneo, sorri perante outras situações onde não tinha feito de maneira diferente. Talvez dado um pouco mais de mim, para tornar o belo em deslumbrante.

Aqui sentado, sinto-me amadurecer como quem assiste à metamorfose da larva a borboleta, no conteúdo e na forma das emoções que cobrem os meus dias e que fazem de mim um Homem cada vez mais sedento de viver!