sexta-feira, novembro 23, 2007

Estranhas as sensações que nos invadem quando chegamos pela primeira vez a um local, cujo o olhar não reconhece o que a memória nunca registou! Ausência? Deslumbramento? perturbação? Certo é que estas sensações que não importa identifica-las, desintoxicam a nossa formatação urbana. Vivo com a ideia de que o Planeta é aparentemente pequeno face à diversidade de hábitos que a humanidade apresenta. Com tudo o que conhecemos, quantas vezes não nos perdemos no desafio de tentar abarcar tudo o que já vimos e sabemos existir com tudo aquilo que sabemos nunca poder vir a tocar?! Esta mistura isotérica à mesma altura da finitude com que a beleza das diferenças nos deixam rendidos e perplexos perante um lado da vida que não desconhecendo, o local onde vivemos não nos permite usufruir e acabamos os nossos dias sentido do avesso o gosto de nos entregarmos ao que viemos...

sexta-feira, novembro 02, 2007

Tu não vais querer sentir a força que me invade, ao aperceber-me de que uma corrente turva procura arrastar-me para as margens da razão. Só ainda não sei dominar tamanho poder que ganha vida dentro de mim. Esse momento vai chegar, passa tudo por uma questão de tempo, essa estranha medida que criamos como forma de sentir a aproximação ou distanciamento das coisas que nos afectam. E quando o domínio da força se aliar à destreza do espírito, tu vais tremer e desejar não ter despertado tamanha grandeza que guardo esquecida, ao teres iniciado essa longa descida até o vale da minha existência. Alguns de nós fomos criados a permanecer no lugar que nos gerou de forma a não originar uma guerra entre mundos. São muito poucos os que vivem com esta percepção, daí talvez resulte a disparidade entre a civilização que conhecemos. Nada fará de mim aquilo que não sou!