domingo, fevereiro 05, 2012


Apesar da chuva e da lama, conseguimos levantar poeira, ao correr por aquele cais fora à procura da carruagem que nos irá levar a uma nova vida… acordo com o sentimento de dever muito antes do compromisso do despertador e interrogo-me já dentro da carruagem, não aquela com que sonhei, mas a real a que me leva e trás todos os dias, se alguma vez saberei identificar a fronteira que separa este instinto em olhar para tudo como sendo um desafio, um obstáculo a ultrapassar, uma vitória a conquistar e o bom senso de viver com o limite que todos nós acusamos um dia!?! Começo apesar disso a reconhecer o cansaço como um novo inquilino das frustradas expectativas que o mundo nos suscita. A amargura de não ter gente à altura de promover a nossa militância bem como identificando as nossas competências, fazer de nós um motor de desenvolvimento, numa visão global do sistema e não um acessório para os seus efémeros protagonismos políticos. A porta da carruagem abre e vejo entrar a corrente de ar fria da madrugada que faz enregelar estes demónios, que pese embora a sua existência, decido não lhes dar mais importância do que à missão para que me destaquei…