domingo, agosto 26, 2007

YOSHIMURA! Entraste trazendo um sorriso e saíste levando o contentamento de quem obteve as respostas às duvidas que inquietavam o teu espírito. Todo o espaço que deixaste para trás ficou irradiado com a tua energia. E por momentos sem que se apercebecem, todos os outros a quem passou despercebido a tua presença, vi reflectido o poder da tua luz branca.

domingo, agosto 12, 2007

Num raio de 100 metros à minha frente, não tenho outra visão que não seja rostos de gente que não conheço, a caminhar em sentido oposto ao meu a par de outros tantos que iludem estar a caminhar ao meu lado e que cujo destino não descrevem nas suas feições. Por entre esta bebedeira de transeuntes, acordo para ti sem nunca cruzarmos o olhar. Paro, como que formatado para o fazer junto de uma passadeira e fico a observar-te a percorrer o código de barras que se estende de um lado ao outro do passeio. És levada pelo vento negro de uma viatura que respeitou o semáforo que tu ignoras-te e perante esta atrocidade, deixo-me cair, agarrado à minha cabeça como que perdido no desespero de não ter tido a oportunidade de saber quem tu eras e em que pensavas, no exacto momento em que a tua validade expirou! Solto um gemido, ignorado pelo trafego humano e quando abro de novo os olhos estou deitado sobre um banco de aeroporto, com um bilhete de partida entalado entre as páginas de um passaporte na mão esquerda! Estranhamente o aeroporto está completamente vazio, cenário que nunca imaginei ser possível!!! No entanto todo este espaço apresenta sinais de vida...quando penso em levantar-me e dirigir-me ao placar para confirmar a porta de embarque para onde desconhecer poder ir, assisto à bizarra imagem de uma figura a galope num cavalo sem traços de identidade a ecoar o meu nome, como que vindo para me buscar! É neste momento que tomo consciência do meu sonho. O atropelamento não era mais que a morte de todos os meus sonhos que não realizei e quem vinha para me levar não passava de um mensageiro do mundo que idealizei para mim em comunhão com todos aqueles que amo. Quem nunca sentiu a admirável sensação que o momento de uma partida renova nas nossas expectativas, face à infinidade das possibilidades de que tudo pode nos deslumbrar uma vez mais?!