sexta-feira, dezembro 04, 2009

A chegada do novo ano avança como um rio que não descansa, numa altura em que os dias são baços pela chegada do Inverno. Rumo ao hemisfério sul em busca duma variedade de calor que a tua companhia me habituou e enquanto percorro planícies e montes cortados tenho consciência que o faço em vão, porque só existe um local onde é possível sentir tamanho vigor; junto de ti! Os meses correram de forma incansavelmente veloz, que por instantes acredito viver num planeta onde o ano corresponde a uma escala de tempo consideravelmente menor do que aquela que conhecemos e se assim for, pretendo embarcar contigo numa aeronave com o mesmo fim que um naufrago acorda deitado sobre as areias de uma ilha deserta e não descansa enquanto não zarpa numa jangada, na porfia da descoberta de um mundo que nos permita conhecer a eloquência da chegada á nossa vetustez. E é na exaltação da bravura dos meus sentimentos, que nos abraçamos de olhos posto na diminuta janela que nos permite vislumbrar uma nova oportunidade de acreditarmos no principio da existência, sermos felizes de dentro para fora. Para lá do planeta que nos consentiu existir, brindamos ao dia que nos deu a conhecer os nossos sorrisos e dançamos diante do silêncio do espaço, onde assisto a um novo brilho nos teus olhos, que acredito ter estado guardado para um momento como este.