quarta-feira, julho 17, 2019

Efémeros instantes depois de mais um olhar de amor para trás, os dois corpos recuam e abraçam-se uma vez mais. Ele segura a cabeça dela por entre as mãos e num gesto carinhoso, liberta-lhe as duas traças independentes como um navio que solta todas as suas velas, quando se lança ao mar, toma-lhe os lábios com um beijo repleto de estilhaços de amor de reminiscências de um passado, cujo tempo não se esgota, perdura ao longo do infinito, Ela interrompe-o e num tom quase imperceptível deixar soar, "nós é que estamos de passagem" e num abraço extremoso diz-lhe que é ele que tem o entendimento que ilumina os corredores da sua alma e assim ficam num esplendor cintilante.
 
17 Julho 2019