terça-feira, março 26, 2019

Lá em baixo, o Rio parece viver toda a vida num só momento, expurgado das angustias dos Homens.
Sereno e viçoso como uma papoila que se espreguiça ao vento, constante como um deus que desconhece a duvida que provem da hesitação. De tanta gente que por ele navegam, nunca houve quem lhe encontra-se a perturbação de uma ruga, já os montes ao longe, sempre altivos e observadores, sem rugas seriam uma planície silenciosa. Não menos interessante ao olhar de quem não é por tempo, mas pelo amor que tem para dar a um Filho numa taça de alegria figurada num abraço, que contem toda a extensão do mundo, no prazer do momento.

19 Março 2019