Arrancamos o tempo do pulso e atiramo-lo ao infinito sabendo que é biodegradável e ficamos admirar as aves no ar, imóveis contra o vento, fixas como se pregadas numa parede invisível, a sentir o cheiro da vontade que o corpo exprime quando nenhuma palavra poderia explicar, a beleza das feições que um rosto assume, no espaço que decorre ao longo de um beijo, que deixa o mundo ás escuras, somente á merce do cintilar dos astros que vivem sobre o manto negro da noite. E enquanto voltamos a nós ainda a sentir a liberdade do corpo que ainda não voltou a ser nosso, agasalhamo-nos num abraço, a ouvir o nosso pestanejar no silêncio dos pensamentos que trocamos.
26 Outubro 2018
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