Há mulheres cujo folgo não se esgota, na criatividade e na beleza dos seus movimentos, são como curvas numa estrada montanhosa numa noite quente de verão, onde guiamos a descoberto, com os braços em balanços ao morno vento, no desejo de chegar diante do mar e ali acabar a noite, com as ondas a cavar a areia, num gesto que nos embala. E até as estrelas de tão cintilantes, se sentem impotentes, perante o nosso luminescente sorriso, possuído de uma impassível harmonia.

 

4 Agosto 2018