terça-feira, janeiro 09, 2018

Poucas vezes sabemos como algo vai acabar e quando o sabemos, parece que a vida não tem graça. E ao sabe-lo não é que sejamos um apóstolo da descrença ou da falta de força interior, é antes uma luz que desfalece e cede perante a força da noite, porque sabemos que o momento não está a nosso favor, por escolhas sem outra consequência que não seja termos abusado de uma infinidade de personagens dentro de nós, que convivem ora em harmonia ora em desafio permanente que nos provoca...m o viciante arrepio de não termos o chão debaixo dos pés e que não se compadecem com o natural desgaste de qualquer simples e tosca máquina. Foi assim que o joelho falhou na Maratona de Valência este ano.
Mas há coisas que guardamos para sempre no coração, como uma mala de mão que nos acompanha num voo, por o mais importante ir sempre connosco, como gestos que viajam de mais perto, outros de maior distância, para nos dizerem que é apenas um momento, não é uma sentença para a vida.
E depois há ainda as surpresas, como aterrar em Lisboa e ter um convite inesperado para almoçar, num lugar incomum a fazer lembrar o mergulho deste fim de semana em El Saler, com o Mediterrâneo todo para mim.
 
Novembro 2017