quarta-feira, agosto 23, 2017

Refestelado numa chess long numa inspiração de dolce far niente, fotografo as mutações camaleónicas projetadas no horizonte, pela condição atmosférica, diante da única coisa que conhecemos que nunca se deixa fotografar por completo, o Mar, esse reconciliador que nunca nos impõem tempos de espera, sempre que desejamos falar para ele.
E de pés nus, desfruto do serpentear de Zéfiro por entre os dedos, enquanto um navio ao longe fuma sem as preocupações que consumem a vida humana, permitindo saber que não está estacionado como eu, a pintar uma tela, onde o amor é luz em línguas de fogo.
 
Abril 2017