sexta-feira, agosto 18, 2017

E de malas feitas, com quase nada lá dentro, por quase nada ser necessário levar para onde vamos, corremos de mãos dadas a sentir o vento em contra mão, de coração solto como um bater de asas de uma andorinha que migra de encontro ao calor que a alimenta por dentro. Olhamo-nos enquanto o infinito se aproxima de nós e quando inesperadamente paro e nos abraçamos, há uma corrente de ar quente que se intervala entre nós, como um arrepio que invade um corpo desnudado, ao receber o toque de um beijo.

Maio 2017