sexta-feira, agosto 18, 2017

Cá de cima avista-se o infinito, com o azul índigo que só o oceano consegue dar vida, a adornar os colossais rochedos que emergem de si, como se fossem deuses de braços abertos a acolher a finitude da sua criação humana.
O vale acidentado que conduz a este santuário, permite descer na posse de uma naif alegria a fazer acreditar que chegado a ele, será oferecida a visão que iluminará os passos do amanhã e o clarão de luz para a eternidade do caminho a percorrer.
Quando por fim se pisa o pó do mar, tomamos consciência de que todas as respostas que aguardávamos, se decompõem na falência das perguntas e o brilho da juventude atira-me para fora da temerosa escuridão das duvidas, também elas um artificio do criador, quando estamos perante um novo desafio!
 
Julho 2017