sábado, novembro 22, 2008

Surges diante de mim num estranho silêncio de quem trás a morte e exibes a folha do teu sabre no desafio que vives orgulhoso poder dominar. Corro para ti aparentemente desarmado com o intuito de iludir o seu excesso de autoconfiança. O nosso grito de guerra preenche o Cosmos, à medida que projecto-me no ar, para quando cair sobre ti o meu sabre dilacerar a tua existência enquanto o teu coração estremece de horror pela amostra que o meu olhar enfatiza sobre o que vou fazer de ti. Quando as laminas se tocam, a faísca não deixou que percebesses, que o teu sabre morreu andes de ti. É tarde quando tomas consciência de que o que ainda ostentas no teu punho já de nada serve. Sinto o teu ritmo cardíaco a aumentar na medida do desespero que este género de desilusão consegue causar. Todo o teu corpo se entrega ao destino que eu entender fazer dele. Caminho lentamente elevando o meu sabre sobre a tua cabeça, enquanto deixas-te cair de joelhos sobre o solo que vai absorver o teu sangue dentro de poucos instantes. E no momento em que ficamos vazios de qualquer sentimento, sempre que antecede um desfecho destes, estendo uma das minhas mãos sobre ti e puxo-te na medida da força que as tuas pernas desfalecem e reconheço em voz alta que estás perfeito para encarar as adversidades do dia-a-dia.

1 Comments:

Blogger Eloquências said...

De fato Ricardo. Apenas o oceano nos separa.
Apenas

12/06/2008  

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